sábado, 4 de outubro de 2008

Deu no Jornal: Aids mata mais entre 35 e 44 anos em SP

Jornal da Tarde

Marici Capitelli e  Laís Cattassini 
02/10/2008
Pela primeira vez, a aids superou os homicídios como principal causa de mortes entre os 35 e 44 anos na capital. Os dados, referentes a  2007, são da Coordenação de Epidemiologia e Informação (CEInfo), da Secretaria Municipal da Saúde. Em outras duas faixas etárias (25 a 34 e 45 e 54 anos), a doença aparece em terceiro e quarto lugares.
O relatório municipal aponta 3.970 mortes entre os 35 e 44 anos, 330 por aids, ou 8,3%, ante 317 homicídios. No total, morreram 63.722 pessoas na cidade no ano passado. Somando todas as idades, as doenças do coração são as que mais matam: 8.124, 12% do total. Em seguida estão as cerebrovasculares (5.227); pneumonias (4,547); bronquite, enfisema e asma (2.443) e diabetes (2.113).
O infectologista Esper Kallas, da Universidade de São Paulo (USP), considerou o resultado normal. Ele diz que a faixa entre 35 e 44 anos, por ser sexualmente ativa, contraiu a doença entre sete e dez anos atrás. “Como é o tempo que a aids demora para se manifestar, esses pacientes só descobriram mais tarde.” 
O índice, no entanto, foi considerado surpreendente para o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Juvêncio Furtado.“Morrem de aids somente os diagnosticados tardiamente, que não fazem o tratamento correto ou que sofrem resistência ao medicamento.” Segundo ele, essa geração iniciou a vida sexual já tendo informações sobre como evitar a doença.
Hugo Hagström, coordenador do departamento social do Grupo de Incentivo à Vida, diverge. Para ele, as pessoas mais velhas são da geração que viveu a explosão da doença, no anos 80 e 90, mas só se deram conta de que eram portadores do vírus anos depois.“Elas só foram submetidas aos exames após recomendação médica, por estarem com a imunidade baixa.”
O jornalista Paulo Giacomini, de 46 anos, conta sobre a demora em descobrir a doença. Ele suspeita que tenha contraído o vírus em 1983, mas só ficou sabendo cinco anos depois. “Apesar de ter consciência de que fazia parte do grupo de risco, só fui me preocupar com o diagnóstico após a morte do meu namorado”, diz o portador, que faz uso do coquetel de medicamentos.
 Do Jornal da Tarde
mais informações sobre AIDS:
Programa Municipal de DST/Aids de São Paulo
Assessoria de Comunicação
Tel.: (0XX11) 3397-23701
E-mail: dstaids@prefeitura.sp.gov.br

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